MINICURSOS

Carlos Antonio de Souza Perini
Maryelle Joelma Cordeiro Mourão (Escola de Belas Artes - UFMG)

30/10 e 1/11 | 19h-21h

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CONTEÚDO:

1. Compiti per la comprensione della scritta (lettura), del parlato (ascolto)
2. Chat GPT per l'insegnamento di italiano
3. Formattazione di file nel googledocs con forme / colori / ecc.
4. Conversione di file in PDF / Creazione di file PDF con spazi vuoti e digitabili
5. Come mettere audio / immagini / link web / nei PDF
6. Produrre audio dai testi autentici utilizzando software con l'intelligenza artificiale
7. Verificazione automatica del livello del materiale prodotto secondo il QCER (A1, A2, B1, B2)
8. Gestione dei contenuti multimediali in cloud
9. La didattica ludica
10. Siti web, app e software per l'apprendimento.

REFERÊNCIAS:

1. Ornaghi, V. (2021). Review: Trentin, G. (2020). Didattica con e nella rete. Dall'emergenza all'uso ordinario. Franco Angeli. EuroAmerican Journal of Applied Linguistics and Languages, 8(2), 215–219. https://doi.org/10.21283/2376905X.14.253

2. Trentin, G. (2020). Didattica con e nella rete. Dall'emergenza all'uso ordinario. FARE SCUOLAStrumenti per Insegnanti, dirigenti scolastici, formatori. Open Acces FRANCOANGELI. https://series.francoangeli.it/index.php/oa/catalog/view/504/309/2438

3. Mollica, A. (2010). Ludolinguistica e glottodidattica. Biblioteca Italiana di glottodidattica. Guerrra, 2010. 424 p.

4. KNOWLES, Malcolm S. The modern practice of adult education: from pedagogy to andragogy. Cambridge: Adult Education, 1980.

5. Mahnke, K. (1985). THE NATURAL APPROACH: LANGUAGE ACQUISITION IN THE CLASSROOM, Stephen D. Krashen and Tracy D. Terrell. Oxford: Pergamon Press, 1983. Pp. vi 191. Studies in Second Language Acquisition, 7(3), 364-365. doi:10.1017/S0272263100005659

PALAVRAS-CHAVE:

Produzione di materiale glottodidattico digitale; giochi linguistici; didattica ludica.

 

Solange Cavalcante Ferri (doutoranda USP)

3/11 | 14h-16h

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CONTEÚDO:

Il minicorso è una proposta di formazione per docenti di lingue in formazione e in servizio, e parte dai risultati ottenuti nella mia ricerca Master (USP, 2023) di riferimenti teorici di paradigmi intersezionali e decoloniali per la formazione di docenti di lingue straniere (che ora prossegue nel Dottorato, dove il campo di applicazione verrà amplificato verso i docenti di lingue in generale). Il paradigma decoloniale fa riferimento alla riflessione e all'azione contro le colonialità presenti sia nell'istruzione di base che nell'organizzazione verticale delle università, nell'organizzazione dei saperi, nel metodo, nel quadro istituzionale e nel linguaggio. Faranno parte del corso i concetti decoloniali come "modernità", "decolonialità", "nord globale", "sud globale", "opzione decoloniale", "grammatica decoloniale" ecc. A sua volta, il paradigma dell'intersezionalità è una metodologia per la percezione di oppressioni sovrapposte (categorie di differenziazione) su soggetti catalogati in termini di razza, genere e classe. Si propone l'analisi dei soggetti coinvolti nel percorso di formazione iniziale e in servizio (nelle università, docenti e discenti; nelle scuole di base, docenti, discenti, collaboratori scolastici, personale di servizio interno o esterno, familie e altri soggetti della comunità scolastica), sui quali si possono verificare l'intersezionalità in termini di razza, genere e classe, a seconda del loro contesto. In questo senso sarà possibile applicare i riferimenti teorici citati, con la proposta di riflessione su come i soggetti coinvolti nel percorso di formazione iniziale e in servizio si relazionano col processo insegnamento-apprendimento di una seconda lingua (per egemonica che sia) – in un esperimento decoloniale e intersezionale che potrebbe e dovrebbe interessare anche all'italianistica.

REFERÊNCIAS:

CRENSHAW, K.; GOTANDA, N.; PELLER, G.; KENDALL, T. (Orgs.). Critical race theory: the key writings that formed the movement. The New Press. Nova Iorque, 1995.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2013.

GROSFÓGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, vol. 31, nº1, p. 25-49, jan. abr. 2016.

HANCOCK, A. Intersectionality as a normative and empirical paradigm. Politics & Gender, 3 (2), p. 248-254. 2007a. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4300366/mod_resource/content/1/2.1.%20Hancock_intersectionality-as-a-normative-and-empirical-paradigm.pdf. Acesso em 22 out. 2022.

HANCOCK, A. When multiplication doesn't equal quick addition: examining intersectionality as a research paradigm. Perspectives on Politics, vol. 5, nº 1, p. 63-79, Cambridge University Press, mar. 2007b.

KUMARAVADIVELU, B. The decolonial option in English teaching: can the subaltern act? Tesol Quarterly, vol. 50, nº 1, p. 66-85, mar. 2016.

LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, 22 (3), p. 935-952, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/QtnBjL64Xvssn9F6FHJqnzb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 28 mai. 2022.

MIGNOLO, W. D. Colonialidade, o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS), vol. 32, n° 94, p. 1-18, jun. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 22 mar. 2023.

WALSH, C. Pedagogías decoloniales caminando y preguntando. Notas a Paulo Freire desde Abya Yala. Revista Entramados Educación y Sociedad, 1, 17-31, 2014. Disponível em: https://fh.mdp.edu.ar/revistas/index.php/entramados/article/view/1075/1393. Acesso em: 06 dez. 2022.

PALAVRAS-CHAVE:

Formazione decoloniale e intersezionale per docenti di lingue; paradigma decoloniale e intersezionale di ricerca; decolonialità e intersezionalità nell'italianistica.

 

Angela Maria Tenório Zucchi (docente USP - PPG Língua, Literatura e Cultura Italianas)
Tatiane Marques Calloni (doutoranda USP - PPG Letras Estrangeiras e Tradução)

30/10 e 31/10 | 10h-12h

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CONTEÚDO:

A Linguística de Corpus, como metodologia, oferece recursos que ampliam a investigação linguística, por utilizar corpus eletrônico de língua em uso ou de língua especializada, levando a resultados objetivos e precisos baseados em métodos estatísticos. Além da contribuição como recurso metodológico em pesquisas linguísticas, também em relação ao ensino de línguas, a utilização de corpora eletrônico e das ferramentas computacionais pode contribuir efetivamente, levando, por exemplo, a desenvolver a autonomia do aprendiz. Quando se trata de tradução, a Linguística de Corpus traz inúmeros benefícios à prática tradutória, uma vez que oferece ao tradutor a possibilidade de consulta em grandes bases de dados de língua em uso e maior chance de encontrar soluções tradutórias pertinentes.

O minicurso "Noções de Linguística de Corpus para Ensino e Tradução em italiano" oferecerá subsídios práticos e teóricos para planejamento e desenvolvimento de pesquisa linguística, bem como princípios para práticas em sala de aula através de consulta a corpora de língua italiana e manipulação da ferramenta Antconc. Na tradução, apresentará a Linguística de Corpus como ferramenta de apoio e busca ao tradutor.

O minicurso prevê (1) oferecer uma introdução aos principais conceitos e finalidades da Linguística de Corpus; (2) apresentar corpora em português e em italiano, mas também alguns exemplos de corpora em inglês, disponíveis gratuitamente; (3) levar os alunos a interrogar os corpora com exercícios específicos; (4) apresentar o Antconc, uma das principais ferramentas gratuitas utilizadas para aplicação em pesquisas linguísticas. Espera-se que os alunos possam utilizar o conteúdo visto em aula de forma prática, como auxílio à pesquisa linguística e desenvolvimento de material para diversos fins. Para a frequência é necessário ter internet estável e, antes do curso, fazer o download da ferramenta Antconc, disponível em https://www.laurenceanthony.net/software/antconc/

REFERÊNCIAS:

ANTHONY, L. AntConc (Version 3.4.3) [Computer Software]. Tokyo, Japan: Waseda University, 2014. Disponível em < http://www.laurenceanthony.net/ Acesso em 09/12/2022.

BERBER SARDINHA, T. Linguística de Corpus. Barueri: Manole, 2004.

BERNARDINI, Silvia; Pereira NUNES, Leonardo, Aprendizagem por descoberta no ensino de línguas para estudantes de tradução: utilizando corpora como instrumentos pedagógicos, «BELAS INFIÉIS», 2017, 6, pp. 145 - 162 [artigo] Bernardini, Silvia, Discovery learning in the language-for-translation classroom: corpora as learning aids, «CADERNOS DE TRADUÇÃO», 2016, 36, pp. 14 - 35 [artigo] TAGNIN, S. E. O. O jeito que a gente diz. São Paulo: Disal Editora, 2013

CALLONI, Tatiane Marques. O baixo contínuo segundo Agazzari: tradução de um tratado italiano de música do século XVII através da Abordagem Funcionalista e da Linguística de Corpus. 2019. Dissertação (Mestrado em Língua e Literatura Italiana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. DOI: 10.11606/D.8.2019.tde-13062019-121111. Acesso em: 2022-12-09.

CALLONI, Tatiane Marques. Linguística de corpus na música: análise de textos sobre improvisação musical em português e italiano. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, [S.l.], v. 17, n. 28, p. 440-459, abr. 2019.

FONSECA, C. L.; REBECHI, R.; TOSQUI-LUCKS, P. TradTerm. Número Especial Linguística de Corpus 1 - Homenagem à Prof. Stella Esther Ortweiler Tagnin 1. v. 37 n. 1 (2021). https://www.revistas.usp.br/tradterm/issue/view/11616

SANTOS, Gabriela Pereira dos. Glossário bilíngue português-inglês de colocações especializadas de Harmonia Musical, baseado em corpus. 2017. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. Disponível em <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8160/tde-25042018-131725/en.php> em 09/12/2022.

SINCLAIR, J. Corpus and text: basic principles. In: WYNNE, M. (ed.). Developing linguistic corpora: a guide to good practice. Oxford: Oxbow Books, 2005, p. 1-16. Disponível em: http://ota.ox.ac.uk/documents/creating/dlc. Acesso em: 18 dez. 2018.

KILGARRIFF, A.; BAISA, V.; BUŠTA, J.; JAKUBÍČEK, M.; KOVÁŘ, V.; MICHELFEIT, J.; RYCHLÝ, P.; SUCHOMEL, V. Sketch Engine: Lexical Computing, 2018. Disponível em: https://www.sketchengine.eu. Acesso em: 09/12/2022.

TAGNIN, S. E. O. Expressões idiomáticas e convencionais. São Paulo: Ática, 1989.

TAGNIN, S. E. O. O jeito que a gente diz. São Paulo: Disal, 2013.

TAGNIN, S. E. O. A Linguística de Corpus na e para Tradução. In VIANA, Vander & TAGNIN, Stella E. O. Corpora na Tradução, São Paulo: Hub Editorial, 2015.

WEISSER, M. Practical corpus linguistics: an introduction to corpus-based language analysis. Chichester West Sussex England, Malden MA: Wiley Blackwell, 2016.

PALAVRAS-CHAVE:

Linguística de Corpus; ensino; tradução; corpora; Antconc.

 

Viviane Carvalho de Oliveira (doutoranda USP - PPG Língua, Literatura e Cultura Italianas)

30/10 e 1/11 | 18h30-20h30

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CONTEÚDO:

Il corso intende presentare diverse tipologie di attività didattiche appartenenti all'approccio implicito, quelle legate alla comprensione lessicale e all'uso del lessico in un contesto comunicativo, e quelle appartenenti all'approccio esplicito in cui l'elemento lessicale è focalizzato direttamente con l'obiettivo di spingere gli apprendenti a osservare questo elemento linguistico.

Il corso è suddiviso in due parti: una prima parte teorica in cui si propongono riflessioni e discussioni sulle caratteristiche di ogni tipo di modello di istruzione a partire da un breve panorama delle principali linee teoriche degli studi sull'insegnamento di L2/LS; una seconda parte che ha invece un'impostazione più "pratica" e presenta alcune attività di entrambe le tipologie pensate per apprendenti brasiliani di italiano e proposte su come integrare questi differenti approcci (Nation, 1990; Hulstijn, 1996; Sökmen, 1997, Wesche; Paribakht, 1999, Zilles, 2001, Kaivanpanah; Akbarian; Salimi, 2021; Kodama; Shirahata, 2021).

Per il modello implicito punteremo su attività di comprensione (orale e scritta) e su attività ispirate alle caratteristiche del task (Long, 1985; Prabhu, 1987, Nunan, 2004) che favoriscono l'interazione e la negoziazione del significato. Per il modello esplicito, invece, si mira a dirigere l'attenzione degli apprendenti al lessico con attività come quelle di completamento, sinonimi e contrari, riflessione sul significato delle parole e produzione di frasi (Sökmen, 1987; Lewis, 1993, 1997).

REFERÊNCIAS:

HULSTIJN, J. H. (1996) Incidental and Intentional 12. Learning. In: RITCHIE, W.; BHATIA, T. (Ed.). Handbook of second language acquisition. San Diego.

KAIVANPANAH,S; AKBARIAN, I; SALIMI, H. (2021) The Effect of Explicit, Implicit and modified - Implicit on EFL Learners' Vocabulary Learning and Retention. Iranian Journal of Language Teaching Research, 9 (2): 129-146.

KODAMA, K; SHIRAHATA, T. (2021). The Effects of Three L2 Vocabulary Learning Methods Through Reading Activity . Beyond Words, vol. 9, n.1 May, p.49-67.

KUMARAVADIVELU B. (1994). The postmethod condition: (E)merging strategies for second/ foreign language teaching. TESOL Quarterly, 28, 27–48.

KUMARAVADIVELU, B. (2006). Understanding Language Teaching. From Method to Postmethod. Lawrence Erlbau Associates, Publishers.

LONG, M. A role for instruction in second language acquisition: task-based language in: DE BOT, K.; GINSBERG, R.; KRAMSCH, C. Foreign-Language Research in Cross-Cultural Perspective. Amsterdam: Benjamins, 1991. p. 39-52.

NATION, I. S. P. (1990). Teaching and learning vocabulary. Boston: Heinle & Heinle Publishers.

NUNAN, D. (2004). Task-Based Language Teaching. Cambridge: Cambridge University Press.

PRABHU, N. (1987). Second Language Pedagogy. Oxford: Oxford University Press.

SÖKMEN, A. J. (1997): Current trends in teaching second language vocabulary. In N. SCHMITT; M. MCCARTHY (orgs.). Vocabulary: description, acquisition and pedagogy. Cambridge: Cambridge: Cambridge University Press, p. 237-257.

ZILLES, M (2001). O ensino e a aquisição de vocabulário em contexto de instrução de língua estrangeira. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado.

PALAVRAS-CHAVE:

Istruzioni implicite; istruzioni esplicite; integrazione di modelli; insegnamento del lessico; italiano.

 

Fernanda Gerbis Fellipe Lacerda (Universidade Federal do Rio de Janeiro e Università degli Studi Gabriele D'Annunzio)

30 e 31/10 | 15h-17h

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CONTEÚDO:

A representação teatral é uma das primeiras manifestações culturais do ser humano, ou seja, é através da representação de seus mitos transformados em ritos que o homem busca deixar seu testemunho no mundo. Sabe-se que o teatro italiano teve seu sucesso principalmente através da Commedia dell'Arte e, em seguida, com os textos propostos por Carlos Goldoni (1707-1793). Entretanto, o gênero trágico produzido na Itália, permaneceu sempre um pouco nas sombras, visto que derivava praticamente de textos adaptados do teatro grego ou de traduções do teatro francês e inglês. Ao final do século XVIII e início do século XIX, Gabriele D'Annunzio (1863-1938) propõe textos trágicos originais e modernos, que ao mesmo tempo em que se distanciavam dos modelos já conhecidos por tragédia, se aproximavam da teoria aristotélica. Esse minicurso se propõe a examinar três tragedias modernas italianas escritas por Gabriele D'Annunzio: La figlia di Iorio (1903), La fiaccola sotto il moggio (1905) e Fedra (1909) procurando entender exatamente a razão pela qual são classificadas, inclusive pelo próprio autor, como modernas. Para isso, partiremos da compreensão de tragédia, proposta por Aristóteles, em A poética. Em seguida, de maneira breve, examinaremos os textos Coéforas, de Ésquilo, Édipo Re, de Sófocles e Hipólito, de Eurípedes. Espera-se, ao final do curso, que os participantes tenham obtido uma ideia geral do gênero tragédia, proposto pela tríade grega, e as transformações inovadoras inseridas por Gabriele D'Annunzio.

REFERÊNCIAS:

ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Ars Poetica, 1993.

BRANDÃO, J. S. Teatro Grego: Tragédia e comédia.Petrópolis: Editora Vozes, 1985.

GIAMMARCO, M. La parola tramata: Progettualittà e invenzione nel texto di D'Annunzio. Roma: Carocci, 2005.

MOLINARI, C. Storia del teatro. Roma-Bari: Editori Laterza, 2015

PALAVRAS-CHAVE:

Gabriele D'Annunzio; teatro; tragédia.

 

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CONTEÚDO:

Este minicurso tem como objetivos apresentar alguns aspectos relacionados à vida e obra da escritora italiana Milena Milani (1917-2013). Além disso, nos propomos a realizar um breve panorama sobre a sociologia da tradução italiana no Brasil, conhecer algumas obras de Milani e apresentar algumas perspectivas e desafios na tradução de textos literários, tomando como referência os textos da escritora savonese que, neste ano de 2023, completa-se 10 anos de sua morte. Para fazer uma breve apresentação da escritora italiana, recorremos ao texto intitulado Vorrei diventare una scrittrice importante: l'esordio romanzesco di Milena Milani, da pesquisadora italiana Sabina Ciminari. Milena Milani é considerada uma escritora bastante diversificada. Como afirma a pesquisadora Ciminari (2020), Milena Milani era uma escritora de muitas facetas: artista e jornalista que, no campo das artes, escreveu vários romances, contos e poemas, além de dirigir jornais, revistas e galerias de arte em várias cidades italianas. Ela escreveu seu primeiro romance Storia di Anna Drei, em 1947; já La ragazza di nome Giulio foi seu segundo romance e, também, o mais polêmico de sua obra. O romance foi publicado pela primeira vez em 1964 e a estória, que traz a protagonista Jules, foi escrita entre os anos de 1961 e 1962. Milena Milani possui uma vasta obra que traz alguns temas inspirados em elementos autobiográficos, a condição feminina, o amor, a relação com o sexo oposto e os costumes dos anos que compreendem a Itália do século XX (especificamente, a partir de 1940). No que concerne ao aporte teórico, neste minicurso buscaremos apresentar alguns dos expoentes da teoria da tradução, a exemplo de Robinson (2002), a fim de refletir sobre as perspectivas e desafios da tradução de textos em língua italiana no Brasil. Com isso, refletiremos sobre a atividade tradutória para além de seus aspectos linguísticos.

REFERÊNCIAS:

AIXALÁ, Javier Franco. Itens culturais-específicos em Tradução. Tradução de Mayara Matsu Marinho. In. Traduções. ISSN 2176-7904, Florianópolis, v. 5, n. 8, p. 185-218, ene./jun., 2013.

BASSNET, Susan. Questões fundamentais. In: _____ Estudos de Tradução: fundamentos de uma disciplina. Tradução de Vivina de Campos Figueiredo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003, p. 35-73. (*)

BENEDETTI, Ivone C.; SOBRAL, Adail (Orgs.). Conversas com tradutores. Balanços e perspectivas da tradução. São Paulo: Parábola, 2003, p. 55-70. (*)

BERMAN, Antoine; CHANUT, Maria Emília Pereira. A Prova do Estrangeiro: Cultura e tradução na Alemanha romântica: Herder, Goethe, Schlegel, Novalis, Humboldt, Schleiermacher, Hölderlin. Bauru, SP: EDUSC, 2002. 350p. (Coleção Signum) ISBN: 8574601373.

BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

CIMINARI, Sabina. Vorrei diventare una scrittrice importante: l'esordio romanzesco di Milena Milani . In: CESCHIN, Arianna; CROTTI, Ilaria; TREVISAN, Alessandra. Italianistica 11 Venezia Novecento. Le voci di Paola Masino e Milena Milani. Veneza: Edizioni Ca' Foscari, 2020, p. 81-106.

EVEN-ZOHAR, Itamar. A posição da literatura traduzida dentro do polissistema literário. Tradução de Leandro de Ávila Braga. In. Revista Translatio. n. 3. p. 3-10, 2012.

MILANI, Milena. La ragazza di nome Giulio. Milano: SE, 2017.

______________. Uma garota chamada Júlio. [Tradução de Sílvia Távora]. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 1970.

PAGANINE. Caroline. Tradução e interpretação: uma perspectiva hermenêutica. Scientia Traductionis. n. 3. 2006.

ROBINSON, Douglas. Construindo o tradutor. Tradução de Jussara Simões. Bauru, SP, Edusc, 2002.

THEODOR, Erwin. Tradução: Ofício e Arte. São Paulo: Cultrix, 1983.

TREVISAN. Alessandra. "La 'ragazza di nome' Milena Milani: visioni di città e temi 'altri', fra poesia e prosa (1944-1964)". Vol. 18. Diacritica: città, 2017. p. 13-25. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/331432550_LA_RAGAZZA_DI_NOME_MILENA_MILANI_VISIONI_DI_CITTA_E_TEMI_ALTRI_FRA_POESIA_E_PROSA_1944-1964_in_DIACRITICA Acesso em: 25 fev. 2021.

PALAVRAS-CHAVE:

Milena Milani; tradução; texto literário.

 

Rodrigo Vicente Rodrigues (doutorando USP - PPG em Estética e História da Arte) com a participação de Victor Tuon Murari (PGEHA-USP)

30/10, 31/10 e 1/11 | 14h-16h

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CONTEÚDO:

Não é novidade que as relações entre Brasil e Itália foram muito fecundas, havendo grandes exemplos da presença italiana aqui, como o Monumento à Independência e a participação de italianos na construção de grandes marcos arquitetônicos paulistanos, tais quais o Teatro Municipal, os Palácios do Anhangabaú e dos Bandeirantes, entre outros exemplos. Ademais, a vinda de companhias líricas italianas e a presença perene de óperas e de importantes compositores da Península nos nossos grandes teatros são fatos já bastante conhecidos e discutidos. Em paralelo a isso, é notável a presença de italianos nas artes plásticas, sobretudo a acadêmica do contexto carioca do século XIX.

Contudo, uma outra camada talvez não tão difundida deve ser adicionada a isso: a presença da arte moderna italiana entre nós. Se muitas vezes a ponta de lança dos ismos europeus fica a cargo de representantes da Escola de Paris e de alguns abstratos, sobretudo Kandinsky, Mondrian e Malevitch, o curso pretende abordar a recepção da arte moderna italiana no período modernista brasileiro a partir da crítica de Mário Pedrosa. Assim, pretende-se rever como essa arte reverberou no Brasil, mormente no segundo pós-guerra, momento da criação de acervos de arte moderna no País, sobretudo do MAM-SP e do Masp, e com o advento da Bienal de São Paulo, transposição para os trópicos da Bienal de Veneza.

O curso será dividido em 3 aulas:
Aula 1. Coleções de arte moderna italiana no Brasil - MAM e Masp
Aula 2. Vanguardas italianas - Marinetti e Sarfatti no Brasil
Aula 3. Mário Pedrosa e a arte moderna italiana: tradição e abstração

REFERÊNCIAS:

CENNI, Franco. Italianos no Brasil. 3 ed. São Paulo: Edusp, 2003.

MAGALHÃES, Ana Gonçalves. Classicismo, Realismo, Vanguarda. Pintura Italiana do Entreguerras (catálogo de exposição). São Paulo: MAC USP, 2013.

______. Pintura Italiana do entreguerras nas Coleções Matarazzo e as origens do acervo do antigo MAM: arte e crítica de arte entre Itália e Brasil 158 f. 2014. Tese de livre docência. Universidade de São Paulo 2014.

PEDROSA, Mário. Panorama da pintura moderna – Cadernos de Cultura. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação/Ministério de Educação e Saúde, 1951.

______. Política das artes. Textos escolhidos I – ARANTES, Otília (org.). São Paulo: Edusp, 1995.

______. Forma e percepção estética. Textos Escolhidos II. ARANTES, Otília (org.). São Paulo: Edusp, 1996.

______. Modernidade cá e lá. Textos Escolhidos IV. ARANTES, Otília (org.). São Paulo, 2000.

______. Acadêmicos e Modernos. Textos Escolhidos III. ARANTES, Otília (org.). São Paulo: Edusp, 2004.

PALAVRAS-CHAVE:

Futurismo; arte moderna italiana; moderna classicità; abstração italiana; Mário Pedrosa.